sábado, 24 de setembro de 2011

NADA NO BOLSO OU NAS MÃOS! VAMOS À LUTA BANCÁRIOS!



Neste ano de 2011, logo após a passagem do governo Lula e em pleno primeiro ano da sua sucessora, a Presidente Dilma, que foi com certeza amplamente votada pelos trabalhadores bancários, esperava-se que nas negociações com os banqueiros e os representantes dos Bancos públicos tivéssemos maiores êxitos. Além disso, o fato de que os lucros do Sistema Financeiro foram muito maiores do que todas as previsões realizadas pudessem favorecer um pouco das nossas modestas reivindicações. Não é isto que estamos vendo acontecer. Apesar dos enormes lucros dos banqueiros, estes que foram os maiores patrocinadores das campanhas dos petistas, não querem ceder nada para a nossa categoria dos bancários.

No conjunto da categoria, colegas da base que dão duro no dia-dia nas Agências sempre comentam, acham esquisito e desconfiam do comando de negociação e da Contraf/CUT por estes defenderem e aprovarem nas Conferências e Encontros de participação restritivas, um índice sempre rebaixado, sem margem de negociação e muito distante dos valores das nossas perdas salariais acumulados desde o governo de FHC. Nesta campanha também não tem sido diferente e o pedido de apenas 5% acima da inflação anual não tem entusiasmado muito os colegas.

Por causa disso, os negociadores da mesa única da Fenaban, do BB, da Caixa, do BNB e demais instituições financeiras comprometidas com os banqueiros pelos apoios financeiros doados durante a campanha eleitoral do governo se sentiram muito a vontade para simplesmente não atenderem nada das nossas pautas de reivindicações até o dia 20 de setembro e depois desta enrolação toda acenarem simplesmente com um índice de 7,8% que apenas atualiza as nossas perdas inflacionárias do ano passado. Se aceitarmos uma migalha desta, em outubro já estaremos perdendo para a inflação enquanto os lucros da banqueirada e suas cúpulas gerenciais que nos exploram na perseguição de metas e assédios morais explícito estarão navegando em altas velocidades por águas tranqüilas e paisagens deslumbrantes mundo afora.

Para tentar evitar a GREVE os negociadores acenam de cara com a PLR para não se discutir o piso do DIEESE, a jornada de 6 horas e os planos de carreira. Apostam no sufoco dos bancários e no imediatismo de ter o dinheiro no bolso e fazem terrorismo ameaçando descontar os dias parados não compensados. Por outro lado, as direções sindicais governistas da Contraf/CUT fazem um esforço enorme para fecharem um acordo antecipado amaciando as relações e negociando migalhas para evitarem o confronto da categoria com o governo que na verdade não está do nosso lado.

Nós do MNOB / CSP CONLUTAS defendemos a GREVE e chamamos todos os bancários a assumirem com vontade a participação nas atividades do movimento, nas assembléias, passeatas e eventos programados, esperamos juntar forças com outros trabalhadores na luta construindo e reforçando a Frente Bancária de Oposição para que o nosso Sindicato esteja sempre na luta e do lado dos bancários.

MOVIMENTO NACIONAL DE OPOSIÇÃO BANCÁRIA / CSP CONLUTAS 22/09/2011 CEARÁ

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