quinta-feira, 29 de setembro de 2011

CAMPANHA SALARIAL 2011



Todo apoio à greve dos bancários
A greve nacional dos bancários, deflagrada nes¬ta terça-feira (27), come¬çou com força em todo país. A paralisação já atinge 25 estados e o Dis¬trito Federal, paralisando agências de bancos públi¬cos e privados.
Os bancários se cansa¬ram de ver os banqueiros lucrarem bilhões e depois chorar migalhas na mesa de negociação. A greve foi deflagrada após a quin¬ta rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Pau¬lo, quando foi recusada a segunda proposta de rea¬juste de 8% sobre os sa¬lários. Anteriormente, os bancos haviam oferecido reajuste de 7,8%.
17,45% no BRB - O BRB apresentou 17,45% de reajuste e aumento real, acima inclusive do que estava sendo pedido pela confederação da catego¬ria. O que demostra que os bancos podem atender as reivindicações da cate¬goria.
Todo apoio – A CSP-Conlutas se solidariza com a greve dos bancá¬rios e aposta na força des¬sa categoria para derrotar a instranisgência dos pa¬trões e do governo e obter a vitória da mobilização.
O nosso apoio é irrestrito por enten¬dermos que só com a mobilização es¬ses trabalhadores podem conquistar suas reivindica¬ções. A Central coloca-se ao lado da categoria ban¬cária, pois acredi¬ta que a luta e a solidariedade de classe é o que permitirão ar¬rancar melhores salários e condi¬ções de trabalho.

Bancários em luta contra patronal e governo
Os bancos, mais uma vez, obtém lucros re¬cordes. Os seis maiores bancos lucraram mais de R$ 27 bilhões só no pri¬meiro semestre. Isso ao custo dos péssimos sa¬lários pagos à categoria bancária e ao ritmo cada vez maior de trabalho. Apesar disso, os banquei¬ros têm afirmado que a crise econômica mundial não permite conceder re¬ajustes acima da inflação ou estabelecer novos direi¬tos, oferecendo 8% de re¬ajuste. Dilma e seus asse¬clas repetem o mesmo. O ministro, Guido Mantega, afirmou que os funcionários das estatais receberiam so¬mente a inflação enquanto a categoria acumula perdas de 98,62% na CEF, 86,68% no BB e 26% nos privados.
Precarização - Em con¬trapartida, as condições de trabalho só pioram, tornando os bancários os campeões em doenças psí¬quicas, conforme dados do INSS. Ao invés de ampliar o número de agências e de bancários, a incorporação de amplas massas aos ser-viços bancários se dá atra¬vés de um triplo processo de precarização.
Cria-se um serviço ban¬cário paralelo, por meio dos correspondentes-bancários, com salários 75% mais baixos, sem organização sindical, com jornada de 8 horas e sem segurança adequada. Reduz-se o número de bancários e os pressiona a aceitarem salários e condições de trabalho rebaixados e a virarem vendedores de produtos do banco.
Com isso, além do tra¬balhador bancário, a po¬pulação também fica no prejuízo, com atendimen¬to de baixa qualidade, com longas filas e ainda mais exposta à violência.

Boletim Especial Bancários
setembro de 2011
CSP-CONLUTAS

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