terça-feira, 12 de outubro de 2010

Todas(os) à assembléia na quarta-feira (13/10), votando na contraproposta do MNOB!!!

Depois do movimento da greve ter alcançado, nos primeiros dias, a proposta do Banco Regional de Brasília, o Comando Nacional dos Bancários vem com indicativo de aceite numa proposta baixíssima para os anseios da categoria.

Abaixo os informes do Comando Nacional dos Bancários depois das reuniões do dia 11/10:




Greve arranca proposta com aumento real, valorização dos pisos e PLR maior

A Fenaban, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal apresentaram ao Comando Nacional dos Bancários nesta segunda-feira, 13° dia da maior greve da categoria nos últimos 20 anos, novas propostas que contemplam aumento real de salário, valorização dos pisos (R$ 1.250 nos bancos privados e R$ 1.600 no BB e na Caixa), melhoria na PLR e definição de mecanismos de combate ao assédio moral.

"Foi a força da greve nacional e da unidade dos bancários, que paralisou tanto os bancos públicos quanto privados, que obrigou os bancos a saírem da intransigência e apresentarem propostas que contemplam nossas principais reivindicações", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

Reunido após as negociações, o Comando Nacional decidiu orientar os sindicatos a realizarem assembleias em separado nesta quarta-feira 13 em todo o país - e a defenderem a aprovação tanto da proposta geral apresentada pela Fenaban quanto das específicas do BB e da Caixa, por considerá-las que contêm avanços importantes para os trabalhadores.

Nesta segunda-feira, 13° dia da greve nacional, 8.187 agências foram fechadas em todo o país, de bancos públicos e privados, além de dezenas de centros administrativos de todos as instituições financeiras, conforme levantamento encaminhado pelos sindicatos à Contraf-CUT até as 20h10.

A nova proposta da Fenaban

● Reajuste de 7,5% (o que representa aumento real de 3,1%) para quem ganha até R$ 5.250.

● R$ 393,75 ou reajuste de 4,29% (inflação do período) para os salários superiores a R$ 5.250 - o que for mais vantajoso para os bancários.

● Reajuste de 16,33% (aumento real de 11,54%) nos pisos salariais, que ficariam assim:
- Portaria: R$ 870,84.
- Escritório: R$ 1.250,00.
- Caixa: R$ 1.250,00.

● PLR:
- Regra básica: 90% do salário mais R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181.
- Parcela adicional : 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 2.400,00.
- Isso significa que na regra básica o reajuste é de 7,5% e na parcela adicional de 14,28%. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados até chegar a 2,2 salários, com teto de R$ 15.798.
- Antecipação da PLR: 60% da regra básica mais 50% da parcela adicional até 10 dias corridos após a assinatura da Convenção Coletiva.

● Gratificação de caixa: R$ 311,67.

● Outras verbas de caixa após 90 dias: R$ 147,38.

● Adicional tempo de serviço: R$ 17,83.

● Gratificação de compensador de cheques: R$ 101,56.

● Auxílio-refeição: R$ 18,15.

● Auxílio-cesta alimentação: R$ 311,08.

● 13ª cesta-alimentação: 311,08.

● Auxílio-creche/babá: Reajuste de 7,5% com adequação à nova legislação sobre o ensino fundamental (6 anos de idade a partir de 2011), passando o valor para R$ 261,33 por 71 meses. Haverá uma regra de transição para quem já recebe o auxílio, conforme a idade do filho, recebendo uma antecipação em parcelas pelo valor que receberia por 83 meses.

● Auxílio-funeral: R$ 599,61.

● Ajuda deslocamento noturno: R$ 62,59.

● Indenização por morte/incapacidade decorrente de assalto: R$ 89.413,79.

● Requalificação profissional: R$ 893,63.

● Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, que inclui definição de mecanismos de combate ao assédio moral, a serem implementados mediante adesão voluntária dos sindicatos e dos bancos por meio de acordo aditivo.

● Compensação dos dias parados no prazo entre a data da assinatura da Convenção Coletiva e 15 de dezembro de 2010, nos mesmos moldes do ano passado.

● Segurança bancária:
- No caso de assalto, atendimento médico ou psicológico logo após o ocorrido.
- O banco registrará BO em caso de assalto, tentativa e sequestro.
- Possibilidade de realocação para outra agência ao bancário vítima de sequestro.
- Apresentação semestral de estatísticas nacionais sobre assaltos e ataques na Comissão Bipartite de Segurança Bancária.

Atualizada às 02h04

Fonte: Contraf-CUT


Greve conquista 7,5% para todos, piso de R$ 1.600 e avanços no PCCS do BB

Crédito: Geraldo Lazzari/Contraf-CUT
Após a pressão da greve nacional da categoria, o Banco do Brasil apresentou ao Comando Nacional dos Bancários, na noite desta segunda-feira, 11, proposta específica que garante reajuste salarial de 7,5% para todas as verbas salariais, incluindo comissões e VR (valores de referencia), sem o teto da proposta da Fenaban. O piso salarial será elevado para R$ 1.600,00, o que representa aumento real de 8,71%. O BB irá implantar Carreira de Mérito como parte de um Plano de Carreiras e Remuneração (PCR) com efeitos retroativos ao ano de 2006. A reunião foi realizada em São Paulo, após a mesa unificada de negociação do Comando com a Fenaban.

"A forte participação dos funcionários do BB na greve deste ano garantiu a conquista do que foi aprovado no 21º Congresso Nacional dos Funcionários do BB: valorização do piso, implantação de itens referentes ao PCCS, revisão do modelo de descomissionamento e manutenção do modelo de PLR, considerado o melhor da categoria", afirma Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), que assessora o Comando Nacional nas negociações com o banco.

Veja os principais pontos da proposta do BB:

1) Reajuste salarial de 7,5% sobre todas as verbas salariais (SEM o teto de R$ 5.250,00 da Fenaban).

2) Elevação do piso salarial para R$ 1.600,00, o que representa um aumento real de 8,71%, com correção de todo o PCS.

3) Implantação da Carreira de Mérito do Plano de Carreiras e Remuneração (PCR), retroagindo seus efeitos ao ano de 2006. Mais detalhes do funcionamento dessa nova carreira serão disponibilizados em breve a todos os funcionários.

4) Alteração da IN 369 em seu item 1.16.4.2, aumentando de um (01) para três (03) ciclos negativos a quantidade de avaliação necessária para efeito de descomissionamento por desempenho.

5) Considerar o tempo de exercício na função de Atendente B nas Centrais de Atendimento, quando da promoção para Atendente A, no que diz respeito ao cumprimento da trava de dois anos.

6) Aplicação de interstício de 3% nas promoções do PCS no VCPI dos funcionários incorporados.

7) Pagamento de compensação pelo fim do benefício da Gratificação Variável existente anteriormente no Banco Nossa Caixa. O montante a ser dividido entre esses funcionários será equivalente a aplicação do mesmo por 5 anos.

8) PLR que contempla 17 mil novos funcionários em relação ao ano anterior, com s seguintes parâmetros:

- NRF Especial - 3,0 salários
- NRF 01 e 02 - 3,0 salários
- NRF 3 - 2,3 salários
- Primeiros Gestores Rede - 1,85 salários
- Primeiros Gestores Demais - 1,85 salários
- Demais Gestores Rede - 1,57 salários
- Demais Gestores BB - 1,57 salários
- Analistas e Assessores NRF 04 - 1,57 salários
- Gerência Média Rede - 1,55 salários
- Demais Gerências Médias - 1,55 salários
- Analistas e Assessores NRF 05 e 06 - 1,50 salários
- Demais Comissionados - 1,47 salários
- Escriturários - R$ 3.118,08
- Caixas Executivos - R$ 3.434,99


Fonte: Contraf-CUT
Greve obtém 7,5% para todos, elevação do piso e PLR extraordinária na Caixa

Crédito: Geraldo Lazzari/Contraf-CUT
A Caixa Econômica Federal apresentou ao Comando Nacional dos Bancários na noite desta segunda-feira, 11, sua proposta específica para os empregados. Entre os pontos apresentados, está um reajuste de 7,5% em todas as verbas salariais sem o teto da proposta da Fenaban, elevação do piso de ingresso para R$ 1.600 indo para R$ 1.637 após 90 dias e um acréscimo linear de R$ 39,00 em todas as referências do PCS de 2008. O banco se compromete ainda a seguir a proposta de PLR acordada na mesa unificada e pagar ainda uma PLR Social, equivalente a 4% do lucro líquido, distribuídos de forma linear para todos os empregados.

"Chegamos a essa proposta com o esforço da mobilização dos trabalhadores. Ela contempla reajuste salarial de 7,5% para todos e uma PLR extraordinária de 4% do lucro líquido além da regra acordada com a Fenaban, fazendo o montante a ser distribuído pelo banco como PLR atingir 19% do lucro líquido. Além disso, há distribuição de um delta para todos os empregados promovíveis e garantia em acordo do pagamento da promoção de 2010 em janeiro de 2011, entre outros pontos", afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE Caixa), que assessora o Comando nas negociações com o banco.

Veja abaixo as propostas apresentadas pela Caixa:

1) Reajuste salarial seguindo a regra da Fenaban, de 7,5% em todas as verbas, SEM o teto de R$ 5.250,00.

2) Elevação do piso da careira administrativa (PCS de 2008) para R$ 1.600,00, mediante aplicação de 10,19% sobre o valor da referência 201 de 31/08/2010.

3) Acréscimo linear de R$ 39,00 em todas as referências do PCS de 2008, resultando em reajustes variando de 8,4% a 10,19% nos valores da tabela.

3) Após conclusão do contrato de experiência de 90 dias, enquadramento automático dos empregados da carreira administrativa (PCS 2008) na referência 202 e dos empregados da carreira profissional na referência 802 de sua tabela.

4) Promoção por mérito: os empregados com no mínimo 180 dias trabalhados em 2009 e em condições de serem promovidos em 31/12/2009 serão promovidos em 1 referência a partir de 01/01/2010.

5) Concessão de 1 referência, em 01/09/2010, aos empregados da carreira administrativa que se encontrem na referência 201 na data de 01/09/2010, desde que não se enquadrem nos itens 3 e 4.

6) PLR - Caixa se compromete a seguir a regra da Fenaban, conforme definido na mesa unificada de negociação.

7) PLR Extraordinária Caixa equivalente a 4% do lucro líquido, distribuídos de forma linear para todos os empregados.

8) Elevação do valor do auxílio para escola especializada para filho deficiente, previsto no plano de saúde da Caixa, de R$ 150,00 para o mesmo valor do Auxílio Creche (R$ 261,33), mantendo-se as condições previstas no normativo vigente para seu recebimento.

9) Inclusão dos empregados, aposentados e pensionistas no programa de relacionamento para a redução dos juros do cheque especial, com a inclusão na faixa 6, na conta em que receba salário ou provento.

10) Isenção de anuidade dos cartões de crédito Mastercard e Visa nas modalidades existentes em 01/09/2010.

11) Ampliação da idade da criança adotada na licença adoção de 8 anos incompletos para 12 anos incompletos.

12) Ampliar para bimestral a frequência das reuniões dos comitês de acompanhamento do credenciamento e descredenciamento do Saúde Caixa.

13) Discutir o tema Plano de Funções Gratificadas (PFG) na mesa permanente.

14) Discutir o tema PSI na mesa permanente.

15) Formação de uma comissão paritária para discussão das pendências relativas ao SIPON, visando a adequação do sistema às exigências do Ministério do Trabalho e Emprego, em especial a Portaria 1510/09.

16) Incluir, para diagnóstico no PCMSO, os exames de mamografia e Papanicolau para as mulheres e, para os homens, de próstata, em caso de PSA alterado.

17) Desenvolver ação interna voltada para a saúde do homem.

18) Inclusão, como dependente direto do Saúde Caixa, do filho maior de 21 anos com deficiência permanente e incapaz.

19) Devolução dos valores descontados em decorrência dos dias parados pelas greves nos anos de 2007 e 2008, com a necessária extinção das ações judiciais sobre o tema.

20) Bolsa Graduação - ampliação de 4,6 mil para 5 mil bolsas.

21) Bolsa de idiomas - ampliação de 2,6 mil para 3 mil bolsas, priorizando as unidades localizadas em fronteira e unidades localizadas nas cidades-sede da Copa 2014.

22) Promoção por Mérito de 2010 - Caixa se compromete a definir os critérios para concessão dos deltas até dia 30/11/2010, com debate com os trabalhadores. A promoção será realizada até março de 2011 e será retroativa a janeiro de 2011.


Fonte: Contraf-CUT